terça-feira, 10 de maio de 2011

Amanhã Venegas

Bem ou Mal

Desde que você apareceu
De repente
Tudo parece brilhar

Todas estas melodias
Não diziam nada e agora dizem mais
aaahh
Agora dizem mais

Tudo o que me importava desde
a sua chegada não importa já
O que parecia dificil
Já não representa dificuldade
aaahh
Flui com facilidade

Mas eu duvido
Me confundo e não distingo
Se está bem ou se está mal
Se está bem, agradeço e te corresponderei
Se está mal, como nunca, chorarei
Enquanto isso, aposto tudo para saber

Eu gosto de saber que existe na vida esta possibilidade
De que tudo seja de volta, quando não esperava já o verá
aaahh
E algo vem, algo se vai
Mas eu duvido, me confundo e não distingo
Se está bem ou se está mal

Se está bem,
agradeço e te corresponderei
Se está mal,
como nunca, chorarei
Enquanto isso, aposto tudo para saber

uuuh uuuuuhh uuuuh

Se está bem, agradeço e te corresponderei
Se está mal, como nunca, chorarei
Enquanto isso, aposto tudo para saber

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Brasil da diversidade



O Brasil foi historicamente governado por uma elite que instituía sua moral aos demais sujeitos da sociedade, impondo suas crenças, credos e costumes. Há mais de 500 anos aqueles que sempre foram os oprimidos da sociedade ficaram a margem de decisões políticas e sociais que poderiam melhorar suas vidas. O Brasil vive hoje um marco histórico resultante de inúmeros processos de luta, de resistência, de bravura e de embate, tanto na vida dos oprimidos e da classe trabalhadora, quanto na sua forma de organização e relações entre si. Elegemos, entre um período historicamente curto de tempo, o primeiro homem operário oriundo da categoria mais pobre que existe no Brasil, o ex-presidente Lula. Em seguida, elegemos a primeira mulher presidenta da história deste país, torturada nos calabouços da ditadura militar, foco de preconceito e discriminações diversas, a presidenta Dilma. Num efeito histórico dos rumos do país, da forma de governar e das relações de respeito com os movimentos sociais, o Brasil aprova numa instância máxima, o direito de família dos casais homoafetivos. Com isso, não foi aprovado apenas um marco legal. Com isto se sinaliza também, que o poder do Estado enquanto instituição regulamentadora de direitos da sociedade, encontra-se num cenário político que vem acompanhando as mudanças na sociedade e a busca pela dignidade humana em todas as suas esferas. Esta conquista não é um presente do STF.
Esta conquista é fruto de décadas de lutas sociais dos homossexuais pelos seus direitos perante a vida. Esta conquista movimenta também, novas formas de relacionamentos entre pessoas, novas reflexões sobre respeito e dignidade e novas concepções de como atingirmos a emancipação humana de fato. É inadmissível que ainda aconteçam crimes contra a sexualidade das pessoas, das crianças, de jovens e adolescentes alvos de violência, de preconceitos múltiplos que resultam em agressões, em derramamento de sangue, em falta de assistência, em intolerância, em medo, em crueldade.


A cidade de Gravataí contribuiu e vem contribuindo em nível local, na medida em que pauta o tema da Diversidade Sexual através do Fórum Permanente na Fundarc, dialoga sobre o assunto, traz visibilidade e institui Lei Municipal da então vereadora Rita Sanco contra o preconceito aos homossexuais em estabelecimentos diversos, etc. De fato e de direito vivemos em um novo Brasil, os movimentos feitos em cada canto deste país, sejam ações de governo, sejam dos movimentos sociais, sejam nas lutas e enfrentamentos das pessoas no seu cotidiano, contribuíram num efeito positivo sintetizado no STF na tarde de ontem. O dia 5 de maio de 2011 será lembrado acima de tudo, como um marco legal em favor do respeito, da dignidade e da felicidade. Parabéns para todos e todas que lutam “aqui e agora” por um mundo melhor. 


terça-feira, 3 de maio de 2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O invisível Dia Internacional do Trabalhador

Domingo foi primeiro de maio. Houve um tempo em que a mídia de massas veiculava ações que aconteciam em todo o mundo. Noticiava meio contrariada, mas fazia. O Fantástico deste domingo se superou. Em nome do capitalismo que a sustenta, a Globo não noticiou sequer a “menção” da referida data. Tenho convicção que se ontem tivesse sido o dia internacional do beijo, ou do cunhado, ou do uso de chapéu, talvez tivessem produzido alguma materiazinha divertida sobre o tema. A ideologia dominante se organiza através da tese de que a luta dos trabalhadores e trabalhadoras foi superada. Vivemos em um “suposto” novo tempo em que lutas sociais em torno do trabalho e do trabalhador caíram de moda e fazemos parte de uma nova realidade com especificidades tais, que, falar em luta de classes é coisa de dinossauro. Para cima de mim? Ah, essa não. Enquanto homens e mulheres seguirem morrendo em seus trabalhos e a caminho deles, seguirem tendo partes dos seus corpos mutilados, seguirem tendo lesões diversas em funções de seus esforços, seguirem vendendo suas forças de trabalho cada vez mais violentamente com cada vez menos direitos, falar em luta de trabalhadores não sai de moda. E não apenas por isso. Não sai de moda, pois o capitalismo não saiu de moda, o lucro das empresas não saiu de moda, a exploração do humano pelo humano não saiu de moda, a sociedade ocidental dividida em classes, não saiu de moda. O corpo e a vida humana ainda tem preço. Uns custam muito, pois tem posições na sociedade com maior destaque. Outros são mais baratos, pois são trabalhadores, pobres ou miseráveis. Grandes corporações da construção civil contabilizam em seu planejamento custos com mortes de funcionários; a cada dia morre no Brasil um número absurdo de motoqueiros que trabalham contra o relógio em nome da velocidade do capitalismo; trabalhadores de grandes indústrias perdem pedaços de dedos e das mãos a cada mês no mundo; e por aí poderíamos citar mil exemplos. Quem achar exagero sugiro uma visita ao Hospital Cristo Redentor. Basta ficar meia hora na recepção e ver a quantidade de casos de acidentes de trabalho que baixam hospital. O dia em que um desses for o “dono” ou o “sócio” da grande empresa, talvez seja um sinal efetivamente de novos tempos... Se prestarmos atenção, a classe dominante morre de “causas naturais” ou no limite, acidentes de trânsito. Essas coisas são “dinossáuricas”, foram superadas ou não existem mais? Errado. Isso é o que sustenta o capitalismo: a exploração do trabalho de homens e mulheres. Essas pessoas que movem o mundo, não receberam nenhuma menção na noite da “família brasileira” que assiste ao Fantástico. Isso que não vou nem entrar no mérito da discussão sobre o quanto ganha um trabalhador e o quanto ganha o seu “patrão”. Este debate na luta de classes, daria um outro texto. Mas, ironicamente, algumas instituições que tentam vender a ideia de que “a luta de trabalhadores e trabalhadoras já morreu”, não citaram sequer meia frase neste dia “normal” de domingo.
Ingrid Wink- Mestra em Educação
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