domingo, 27 de novembro de 2011

En la Mitad del Mundo

En la Mitad del Mundo

Sempre fui um entusiasta nas matérias de geografia e história, me encantava também estudar sobre os astros, sistema solar, universo e coisas do tipo. No que me consta o tal universo, o planeta é infinito, portando não temos lado, não temos em cima nem embaixo, tem em cima e embaixo, que eu lembre é claro! Tudo que existe no planeta são marcos referencias para nós mesmos, os humanos.
Uma destas convenções de navegação e divisão espacial do mundo são as linhas imaginarias que dividem a nossa nau geoide.
  De fato, os astecas eram hábeis na confecção de representações geográficas, como o “Mapa de Tecciztlán” que contêm dados como a fauna da região retratada, e o “Códice Tepetlaoztoc”, todo colorido e que traz rotas terrestres e fluviais. Mas, bons mesmo na cartografia foram os gregos. O sistema cartográfico contemporâneo nasceu nas escolas de Alexandria e Atenas. Hiparco (séc. 11 a.C.), astrônomo grego, foi quem criou o sistema de coordenadas geográficas de latitude e longitude utilizando-se da matemática e da observação dos astros celestes.
 Equador é o nome dado à linha imaginária que resulta da intersecção da superfície da Terra com o plano que contém o seu centro e é perpendicular ao eixo de rotação. Devido à oscilação do eixo de rotação, a posição do equador não é rigorosamente constante, razão pela qual é adaptada, para efeitos geodésicos, uma posição média.

A linha imaginaria do Equador, este símbolo que divide o mundo, poderíamos fazer tantas outras divisões, umas meramente simbólicas, algumas politicas, outras metafisicas. Um dos exemplos palpáveis é divisão entre os muitos pobres e muito ricos na divisa entre México e Estados Unidos. Portanto a linha do equador divide o planeta ao meio, na metade.
 Nos dicionários de português, metade quer dizer uma das duas partes iguais de um todo: dois é a metade de quatro. Nos mesmos dicionários de português a palavra mundo quer dizer: Conjunto de tudo que existe. Terra, lugar onde vive o homem.

O mundo moderno e globalizado faz-nos compreender em diversas metades. Estas metades de mundo às vezes são convergentes e muitas vezes são divergentes, falando exatamente em metades é que me referencio no todo, no humano. Falar e compreender o humano são entender seus milhares de simbolismos e significados, cada ritual é importante, cada língua, cada gesto, cada vestimenta, cada música e cada dança.

O festival ibero-americano de música e dança da metade do mundo foi um destes momentos de reconstrução respeitosa do mosaico humano da diversidade, a palavra que mais traduz as culturas mundiais.
Certamente o Equador e a sua linha imaginária mudou um pouco a minha vida. A nossa compreensão enquanto Brasileiros, uma maior dimensão do ser latino-americano, um olhar não estereotipado da cultura Andina e principalmente compreender a cultura como poderoso instrumento da promoção da paz.  No Brasil temos um ditado popular que diz: "quem canta seus males espanta”, pois eu digo que quem dança seus males espanta, quem pinta, quem escreve, quem atua, afinal quem produz cultura compreende cada vez melhor o verdadeiro sentido da paz, do respeito e da diversidade.
Gracias aos militantes desta causa cultural como o Régis Albino, Andrea Lascano, Alfredo Soni, Lina Lascano  e muitos outros espalhador por este mundão afora que promovem coisas assim! Bailemos todos!
Amon da Costa
Historiador
Novembro 2011

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